O escritor austríaco Peter Handke, nascido em 1942 em Griffen, Carinthia, Austria, é o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura 2019, conforme anunciou nesta quinta-feira (9) a Academia Sueca.

Handke é um velho conhecido dos que acompanham a trajetória do cinema alemão contemporâneo por causa de suas parcerias como roteirista em filmes de Wim Wenders.

A primeira colaboração da dupla foi no filme “O Medo do Goleiro Diante do Pênalti”, cujo roteiro é uma adaptação de Peter de uma novela escrita por ele também (esse filme foi exibido pelo Departamento de Cinema do Museu de Artes Assis Chateubriand de Campina Grande em 1976, numa parceria com o Instituto Goeth de Salvador-BA).

Logo depois, em 1975, um novo roteiro de Peter Handke é filmado por Wim Wenders: “Movimento em Falso”. Em 1978, é o próprio Peter que estreia como diretor no filme “A Mulher Canhota”. 

Depois de alguns roteiros para a televisão, Handke volta ao longa metragem para cinema em 1985 adaptando uma novela de Marguerite Duras  e dirigindo “A Hora da Morte”.

Em 1987 nova parceria com Wim Wenders no aclamado “Asas do Desejo”, este filme deu a Palma de Ouro em Cannes de melhor diretor para Wenders.

O romance “Cidade Estrangeira” de Handke foi adaptado e filmado em 1988 por Didier Goldschmidt.

Em 1992 Peter escreve e dirige o filme “L'absence” (sem tradução em português); no ano de 1998 Hollywood faz uma refilmagem de “Asas do Desejo” sob a direção de Brad Silberling, o resultado dessa adaptação, intitulada “Cidade dos Anjos”,  é muito distante do original.

O mais recente trabalho da dupla Wim Wenders (diretor) e Peter Handke (roteirista) foi o filme “Os Belos Dias de Aranjuez”, feito em 2016.